Atualmente,
são discutidos os mecanismos de aquisição das fobias. Há evidencias de que os
medos são adquiridos por condicionamento ou outras formas de aprendizagem,
enquanto outros surgem de forma não associativa ou espontânea. A teoria para a
aquisição não associativa, e de que alguns medos teriam uma origem inata ligada
a situações ou estímulos considerados aversivos evolutivamente.
As
fobias específicas são consideradas como um transtorno de ansiedade, pois seus
sintomas são medo de um estímulo específico (podendo ser ambientes, situações,
animais, sangue e ferimentos, etc). O medo é uma resposta adaptativa, surgindo
em situações de ameaça. Quando esse medo começa a ocorrer de forma mais intensa
do que a situação justificaria ou em situações impróprias, passa a ser
considerado um transtorno de ansiedade.
Essa
ansiedade manifesta medo no indivíduo, insegurança, pensamentos dominados por
catástrofe, antecipação apreensiva, aumento da vigília ou alerta, tensão
muscular, dentre outros desconfortos. Assim, a fobia específica é um medo
gerado pela presença ou antecipação do objeto ou situação temida, sendo um medo
acentuado, persistente, irracional e excessivo.
A fobia
é uma manifestação de três componentes:
·
Verbal-cognitivo:
que pode ter três significados.
a) Está relacionado a percepção pelo
sujeito de sua resposta autonômica, de modo que ele classifica como medo ou
ansiedade;
b) Pode ser conceituado como uma
preocupação ou como pensamentos negativos durante a exposição do estímulo
fóbico, incluindo medo de não estar apto a lidar com a situação;
c) Relaciona-se a mudança de humor,
sentimento de irrealidade, incotrolabilidade, auto-acusação, culpa do sujeito
quando exposto ou diante do estímulo fóbico.
·
Fisiológico:
corresponde as respostas autonômicas, corticais e neuromusculares ao estímulo
fóbico.
·
Comportamental:
refere-se a fuga ou esquiva do estímulo fóbico.
Os
componentes são parcialmente independentes, e são formas de abordar um
fenômeno. Um sujeito fóbico não apresenta apenas um componente isolado,
geralmente apresenta uma menor ou maior ativação em cada um dos três.
Geralmente
um indivíduo evita a situação fóbica ou a suporta com grande ansiedade, o que
interfere significamente na rotina do indivíduo, em suas relações sociais, e
ainda, um sofrimento acentuado por ter a fobia.
Mais abaixo
vocês verão alguns exemplos de fobias e como elas agem na vida de uma pessoa.
Referências:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1677-04712005000200005&script=sci_arttext
http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol34/n4/196.html